Quando os olhares solidários se encontrarem no ponto médio da linha do meridiano da alegria dos meninos nas águas...
Quando pela ferramenta das mãos calejadas o carinho não seja uma coisa proibida e os dedos entrelaçados na força das mãos, na dança de ser terra, água, ar, lua e sol nos risos de todos ao redor do fogo nas brincadeiras de liberdade...
Serei o cavaleiro do Maracatu mesmo que a terra pareça seca, sabemos que ela foi regada pelo sangue de nossos mortos.
Assim sendo, assucede da gente não renegar o direito à esperança nas brincadeiras de amor e liberdade.
Serei sempre um dom Quixote de Bordunha e olhos redondos, redondos como as pedras pelos rios mundo afora no combate com as águas na beira do mar, serei o viandante neste mundo de água e terra onde és mulher e continente, me perderei no arco dos teus braços.
Me acharão resfolegante na beira da praia do teu mar quando assim o Sol estive com seu olho inclemente, gritarei aos inimigos meu maior grito, me odeiem se forem capazes.
No centro dos teus olhos vejo o brilho das 19 luas no céu do sertão Pernambucano, nas noites mais eternizadas, miro estrelas sem o arco dos braços do grande amor na solitária caminhada entre os anúncios de gás néon mostrando moças maquiadas de beleza surreal.
Texto de Chico Canindé

eita, Chico! Por onde anda Zé Cambito e suas ondas?
ResponderExcluir